Francesca Cricelli, nascida em Ribeirão Preto em 1982, é poeta, tradutora e pesquisadora. Cresceu entre o Brasil, a Itália e a Malásia. Publicou os livros de poemas Inventário, (editora Nós, 2024), Repátria no Brasil e na Itália (Selo Demônio Negro, 2015 e Carta Canta, 2017) e 16 poemas + 1 nos EUA (edição de autora, 2017), na Islândia (Sagarana forlag, 2017) e na China (Museu Minsheng, 2018), além da plaquette As curvas negras da terra / Las curvas negras de la tierra (edição bilíngue, Nosotros Editorial, 2019). Suas crônicas de viagem e uma breve prosa de autoficção foram reunidas no livro Errância, inicialmente editado como livro cartonero pela Dulcinéia Catadora (2018) e depois pela Edições Macondo e Sagarana forlag (2019). Traduziu para editoras brasileiras escritoras italianas como Elena Ferrante (Biblioteca Azul, 2016) , Igiaba Scego (Nós, 2018), Claudia Durastanti (Todavia, 2019), Lisa Ginzburg (Nós, 2022) , Ada D’Adamo (Todavia, 2024) e Paola Masino (Instante, 2021) . É doutora em Literaturas Estrangeiras e Tradução pela Universidade de São Paulo, com uma tese sobre o acervo de cartas de amor de Giuseppe Ungaretti para Bruna Bianco, que descobriu em São Paulo. Foi pesquisadora visitante da Universidade de Londres, no Institute of Languages Cultures and Societies e no Centre for the Study of Contemporary Women 's Writing. Atualmente vive em Reykjavík, a capital mais ao norte do mundo, na Islândia onde leciona língua portuguesa.
Biografia
“É uma longa estrada repatriar a alma” [Francesca Cricelli]. Ao longo do último mês, este verso acompanhou-me quase diariamente e o considero dos mais belos que li nos últimos anos pelo que ele carrega: o peso do tempo alargado e da memória; pelo que, aqui entre réstias de sol sobre a escrivaninha, repropõe de modo abrangente.
Diana Junkes, Revista "Cult"